O lixo eletrônico contém substâncias tóxicas e metais pesados, como chumbo, mercúrio, cádmio e berílio, que são altamente prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana. Quando esses materiais são descartados de forma incorreta, podem contaminar o solo, a água e o ar, gerando impactos negativos nos ecossistemas e colocando em risco a biodiversidade.

     

Além disso, os equipamentos eletrônicos contêm componentes valiosos e recursos naturais escassos, como ouro, prata, cobre e outros metais preciosos. O descarte inadequado resulta na perda desses materiais, que poderiam ser reaproveitados e reciclados, reduzindo a necessidade de extração de recursos naturais e a demanda por novos produtos eletrônicos.

Os resíduos sólidos, anteriormente conhecidos como lixo, são agora reconhecidos como responsáveis por sérios problemas ambientais. O crescimento acelerado do desenvolvimento científico e tecnológico tem contribuído para a geração excessiva de resíduos sólidos em todo o mundo.

Os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE), conhecidos como lixo eletrônico, são compostos por equipamentos eletrônicos obsoletos, como televisores, telefones celulares, computadores, eletrodomésticos portáteis, entre outros. Esses dispositivos são compostos por uma mistura de metais como cobre, alumínio, ferro, zinco, níquel, chumbo, cádmio e mercúrio, além de plásticos, vidros e cerâmicas.

Essas substâncias químicas também podem afetar outros sistemas do corpo humano. Por exemplo, podem causar problemas respiratórios, incluindo câncer de pulmão, afetar o sistema imunológico e causar problemas gastrointestinais, como danos à mucosa gástrica, cólicas e diarreia. O sistema urinário também pode ser afetado, podendo levar ao câncer de bexiga e rins.

Os impactos do lixo eletrônico sobre o meio ambiente se inicia desde sua fabricação. Inclusive, um novo modelo industrial vem sendo proposto para erradicar a prática de extrair, utilizar e descartar; a economia circular propõe que os sistemas de produção e consumo sejam dispostos em circuitos fechados, de modo a possibilitar uma produção industrial mais limpa, envolvendo a reutilização, a reparação e a reciclagem.

Em suma, o descarte incorreto de E-lixos impacta a saúde pública devido aos metais pesados, gera danos ao meio ambiente através da contaminação de solos, lençóis freáticos e os organismos da fauna e da flora e, além disso, reduz o tempo de vida dos aterros sanitários.

A Lei nº 12.305/10, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), atribui a produtores e consumidores finais a responsabilidade pelo descarte adequado de resíduos sólidos, incluindo o impacto do lixo eletrônico. Para abordar esse problema, é fundamental promover a conscientização sobre práticas de consumo responsável e descarte apropriado. A educação ambiental desempenha um papel crucial na construção de um sistema econômico com consumidores mais conscientes e modelos de produção mais sustentáveis. Através dessa conscientização, é possível reduzir o consumo excessivo de dispositivos eletrônicos e evitar os danos associados a um descarte inadequado, promovendo, assim, práticas de consumo mais sustentáveis e respeitosas ao meio ambiente.

Fim.